sábado, 17 de dezembro de 2011

Ainda bem...


Ainda bem que acordei hoje
Em meio ao sol, calor inclemente
Culpado encontro-me
Nas dúvidas de quem ser
Trago-me nos dias
Com punhos exigentes
Sem de todo esquecer-me
De que um dia tive que desobedecer
Oh luz do dia, de todos eles
Sempre estais conosco
Sem dívida, sem seu brilho estar fosco
Nos doa o que tiver de ser
Adultos estamos e fomos sempre
Na grande face que se avulta

Ainda bem que acordei hoje
Para vestir roupas novas
Viver melhor que ontem
Sentir o que nunca me permiti
Sei que a vida é muito mais
Muito mais do que me disseram
Então vivo para que eu viva minha possibilidade de viver
Onde me perdi não importa mais
Onde estive não mais me apetece
O que passou serve-me de vida
Experiência só
Óh sol inclemente
Esteve aí de cima sempre a me vigiar com teus brilhos irrefreáveis
E eu daqui a me vigiar com passos largos ou não

Ainda bem que acordei hoje
Vitorioso sobre meu ser
Grato pelas virtudes
Carinhoso com a natureza
E caridoso comigo mesmo
Onde quer que esteja respirarei o ar da vida
Guardarei com primor cada pessoa, cada vivência
Pois o que temos da vida senão a passagem
Senão o sorriso e o perfume das flores primaveris
Viverei sendo feliz a cada minuto da vida
A cada vida dos minutos que passam
Óh sol inclemente
Sempre estará para me doar os fluxos de felicidade eterna na aurora
E eu retorno sempre, para viver, sentir e ser com meus irmãos.

Sérgio Carlos
"Comigo eu só quero quem me faz bem. O resto, mesmo que doa eu tô dispensando."
(Tânia Ferreira - Minha mamãe)
Sérgio Carlos 

Das coisas


Porque da vida só tenho a causa
Da causa, as conseqüências
Das conseqüências, o labor
Do labor, o desprendimento
Do desprendimento, a virtude
Da virtude, o caráter
Do caráter, a pessoa
Da pessoa, a vontade
Da vontade, o sonho
Do sonho, a realização
Da realização, a felicidade
Da felicidade, a tristeza
Da tristeza, o vigor
Do vigor, a maturidade
Da maturidade, a crítica
Da crítica, a lapidação
Da lapidação, a melhoria
Da melhoria, o ser
Do ser, muitas verdades
Das verdades, motivos
Dos motivos, você.

(Sérgio Carlos)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011


Música pra mim é água
que se bebe o dia inteiro
Do sino ao sineiro
Que deságua em minha alma

Canto e bebo melodias
De noite e de dia
Enquanto escrevo e vivo

Danço e provo harmonias
Desarmando apatias
Enquanto leio e afino livros...

(Lívia Pereira)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Seria bom se os seres "humanos" tivessem a sensibilidade de um cão e um cérebro de gente...


(Lívia Pereira)

PALAVRAS II



Que o que sai de minha boca tenha o poder
de despertar DEUS,
pois sou apenas mais um
que cresce à medida em que Me engrandeço em SUAS palavras 
transformadas em amor cotidiano.

(Lívia Pereira)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Guarde na gaveta...

Eu te quis
Por tempo demais
Quis que o fim
ficasse pra trás
Mas, quando ousei pedir
que afastasse de nós
o que me afastava de ti
Você disse NÃO
E pra você não era mais tão valioso
ter meu coração

Disposição alguma pra continuar
Você foi meu lar
Meu começo
meio
fim

pra mim
pra imensidão do tempo
mas, sem você...

Ousei querer
mais e mais vezes
em mil entrelinhas
onde você me dizia
"Você é minha!"
E eu aceitava cada tom da tua fala
Cansei

Cansei do desespero que é o não saber
O não ter a exata  noção
dos limites
das tênues marcas
Entre os gestos e as palavras

Sei que em meio a água fria
das idas e vindas
você não acreditou
em todas as vezes
que meu coração
sequer pestanejou
ao desejar teu carinho
te querer mais que sozinho
pra que apenas eu te completasse

Sei que duvidou
e eu não tive o melhor jeito
de provar
o quanto eu te amei

Mais foi verdade
E hoje restam as saudades
de um passado bom
de um tom, um dom, um eu & você

Não vai encontrar alguém
que te ame mais que eu
Pois que ainda sei o quanto foi...
E o quanto corri pra que tudo mudasse
Mas, só eu vi
Assim como só você viu
o quanto você correu contra o tempo...


Sabes bem o que representa o invisível
Lágrima é cor sofrível
E não queremos mais que o tempo
faça rios com nosso pranto

Quisemos tudo e o nada foi o tanto que sobrou
Até, meu amor
Até...

(E se você duvidar
apenas Deus pra te mostrar
Tanta coisa que eu te disse
no silêncio a explicar...)

(Lívia Pereira)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Certeza!

Então vou partir, seguir, medir
Enquanto as andanças perduram por todo sentir
Crescerei sim, dentro de mim
Para que agrura da dor, calor
Se mantenha aqui, dentro de ti
Não haverá tempo breve e distante
Azar tão constante
Que nos tire tal ardor precioso
Sonhado por vidas adiante
Erros vividos, lágrimas a fio
Marcados por sangue e sofrimento
Nada há de alterar
O cheiro pungente de seu cigarro
O bater de suas mãos
Pois estaremos unidos
Onde jamais poderíamos nos separar
Por todas as vidas...

(Sérgio Carlos)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Palavras

Que minhas palavras sejam
mero fruto dos anseios
que me levam pra longe
de entremeios vazios


Que te protejam do frio
sejam teu cobertor
e se meu amor for mais que nada
Palavras te darei...

Que minhas palavras sejam
o alimento do desejo
que sejam teu beijo
quando eu não mais puder te beijar

Um olá
até breve
seja leve e não as condene
são apenas palavras...
mais que nadas que tentam te dizer de tudo

Provas de meu coração
transbordam a solidão
de palavras que te buscam...

Que minhas palavras sejam
abertas como janelas
poetas como panelas
sorriam,enfim.

Que minhas palavras sejam
pra você
e pra mim
Fim.

(Lívia Pereira)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Amarras...

E por tanto tempo me prendi
ao que me fez sorrir
ao que te fez partir
ao que me fez sentir
o quão presa a ti era meu pensar
meu respirar
o inquietar das asas
que teimavam bater
mas, não se desprendiam de você...

(Lívia Pereira)