sábado, 27 de julho de 2013

Ao meu irmão...

Há coisas que ficam guardadas
No meio de um nada
ou de um coração

Há coisas que ficam grudadas
Como chiclete em calçada
ou como amor de irmão...

Violão, esbarra estante
laranjada sem adoçante
battle city (um jogão)

Xerox e moedinhas
Bolinhas de gude e outras bolinhas
e som de carrilhão...

Há coisas que ficam guardadas
Como queijo e goiabada
como ar e avião

Há coisas que nunca se acabam
Como água em escada
que deságua e deságua
Sem nunca chegar ao chão...


Lívia Pereira

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Não importa o que você diga
Ninguém liga
Pra tua revolta desmedida
Apenas Deus te vê enquanto você blasfema contra si próprio
Enquanto faz a vez do último tópico do livro

Deixe de ser ultra romântico
e assuma de uma vez seu ser (humano)
seu ser criança
e volte a dar as mãos a quem tem te acompanhado
quem tem te enviado recados
tão belos quanto uma noite de chuva...

Que assim seja
e teus ouvidos se façam luz
que tuas mãos toquem os céus
enquanto a consciência te toca e te dá a chance de trocar os pés pelas mãos
Volte a ser uma oração
pois que não são as letras, mas os atos que formam a canção...

Oh, meu amigo
que ao fundo do abrigo de tua mansão
volte a ver a casa a que te reduz
enquanto joga migalhas de teu coração
humilha o passado que agregou a multidão
que se erguia às bênçãos do mestre Jesus.

Lívia Pereira.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Encontro



Desde a primeira visão já era seu

A noite demorou-me a entregar-te e as brumas riam de meus ossos temerosos

Mas...já eras meu

Enquanto o vigor da vicissitude nos corrobora o ser, deixei passar tanto tempo em ver-te

Pois, estavas dentro de mim, e já era seu

Vagando sob o prenúncio  de vãs carícias, amordaçando-me em fúteis enlaces, encontrei-te

Vivo e forte, consequente e operante e eu sei oh Deus! Já eras meu quando vinhas

E antes que qualquer vaga lembrança me torne o que sou, saiba que sou parte viva de ti

Embora vivas e sejas mais que odiosa penúria humana, vivo sim sem ti

E esta parte cada vez mais forte, torna-me longânimo e capaz de tudo o mais que a longa vida traz

Pois sei que és meu, em quaisquer das vidas

(Sérgio Carlos)

domingo, 14 de julho de 2013

Há derrota maior que viver a plena felicidade e deixar que ela escorra por entre seus dedos? 
Sim.
 A de ter a oportunidade de reconstruir e viver tentando recolher a água já evaporada.
Lívia Pereira.
Difícil entender teu grau de importância quando a outra pessoa faz de tudo pra provar que é feliz demais sem você...
Lívia Pereira
Há muito a fazer
e tão poucos se entregam ao que precisa ser feito.
Esqueçamos um pouco a tv, o sofá e as conversas fúteis. 
Olhemos ao redor.

Lívia Pereira
Nem sempre um abismo é um precipício, 
às vezes, o abismo é vista pro mar...
Lívia Pereira