sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Leve

E quando cheguei não sabia nada
Quando plantei, não achei que colheria nada
E quando corri, não achei que cairia na estrada
Por sorte vivenciei, o choro em mim deságua
Enquanto senil, atento ao fim da morada
Portanto jovial, à chegada da manada
Entretanto não cansei, não esqueci a data

Dos vislumbres que tive
Da sorte que me brindou
Da vida que se abundou 
Sempre em mim e eternamente
Tendo em mim, latente
O véu dos negrumes silentes
Nunca hão de entumecer-me
Serei leve
Sempre leve

(Sérgio Carlos)