sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Fala...

Fala
Tua fala vai mesmo embora
Não importa o quanto choras
Fala
Não te escuto sobre os ombros
NEm tampouco abaixo deles
Sou surdez em tempo hábil
O mais rápido não ouvinte
Fala
Abra a boca e o coração
Não estou ovindo mesmo...
Não há tempo pra vocÊ
NEm ao menos pra mim
Sim...o que disse?

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

do parentesco verde...

Dois irmãos
Unidos
Pelo motivo de estarem juntos
Profundos em sua busca por água
De vida, de chão, de nada
E nada foi ao acaso
Braços um do outro
Sem linha de chegada
Presos ao tempo, ao vento, à estrada
Sem sentido que ao menos se saiba
Na calçada...
Lá estavam
Recostei-me
E a seiva bruta corre em silêncio
Trabalha em sua luta e se desfaz num tempo
Em que ninguém se pergunta o porquê
Mas se encosta e pede a sombra
Sem nem lembrar que um dia
A força, a tora irão perecer.

domingo, 15 de novembro de 2009

Edificando...

Enquanto correm as rodas

Cresce ao longe o edifício
Quase pronto desde o início
Em seu projeto, fundação

Mais de perto, tão concreto
Esquece que já foi papel incerto
Como humano o ser se faz:
Criação e evolução.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A serviço da vida...

Difícil saber
Entender
O porquê de tudo isso
E, no entanto, estamos aqui a serviço
De algo bem maior que a nossa razão
Pois que agora, tão pequena é
E tão imenso é o mundo lá fora
A nos falar sobre a amplidão

Enquanto penso, olho por dentro
De algumas gotas de momento
E em vão, uma cai no chão
Não é tristeza não
Mas a gente pensa que pensa alguma coisa
E enquanto pesa o próprio pensamento
Vê que o que jaz lá dentro
É mesmo um pouco de aflição

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

sem você...

Hoje eu descobri
O sentido em não te ter
É tão doce sem você
É tão frio e tão "por quê"
E além do tempo a mais
Pra pentear os cabelos
E olhar pros joelhos dobrados
(em frente ao espelho)
Tenho mais sorrisos em reflexos
Menos momentos perplexos
(em si mesmos)