Enquanto videiras crescem, uvas padecem de seu gosto acidulante.
Enquanto as virtudes perecem, gente nova traz seu ar estimulante.
Enquanto as paradisíacas planícies morrem, vida viceja no âmago.
Enquanto a caricatura dos homens resplandece, tudo fica mais tristonho.
Enquanto a iluminação surgia, 'arroboavam-se' os conhecimentos.
Enquanto comiam carne boa, cheiravam os excrementos.
Enquanto construíam palacetes, o rubor lhes cobriam a pele.
Enquanto beijavam os corpos, até que a morte se revele.
Enquanto caminhavam nas brumas, olhavam para o futuro com soberba.
Enquanto voavam nos céus, dotados de extrema nobreza.
Enquanto batiam em seus filhos, cruéis gritos de horror.
Enquanto sugavam-lhe as narinas, com todo ardor.
Enquanto sofriam por tudo, a fome apregoava seus irmãos.
Enquanto fustigavam-lhe o corpo, ainda existia ser e mente sãos.
Enquanto tomavam uísque em seus Campanários, a verdade havia sido dita.
Enquanto todos se esqueciam deles, surge a surpresa inaudita.
(Sérgio Carlos)
domingo, 27 de outubro de 2013
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Decepção
Hoje eu acordei tão triste e nem tive coragem de chorar
Nas horas do frio inconsequente nada mais há
Do que o desamor de um afável gosto de sonhos
Pois o que existiu entre nós acabou tristonho
Não há como explicar a lascívia de tuas mãos
Ao tragarem para o desuso de meus sentimentos
Ostentas o desequilíbrio e enquanto possuis seu brilho presenteado
Tratas de apagar-te a chama até sobrar-lhe um bocado
As interrogações pairam sobre minha mente ao permitir
Que no final choro ao pensar que vou sorrir
Quando cogito esperar a esperança
Penso nas dores...oh! Terrível lembrança.
Enquanto a dor fustiga meu peito destemperado
Volto a sentir o vento, mesmo que mecânico, incansável.
Sérgio Carlos
Nas horas do frio inconsequente nada mais há
Do que o desamor de um afável gosto de sonhos
Pois o que existiu entre nós acabou tristonho
Não há como explicar a lascívia de tuas mãos
Ao tragarem para o desuso de meus sentimentos
Ostentas o desequilíbrio e enquanto possuis seu brilho presenteado
Tratas de apagar-te a chama até sobrar-lhe um bocado
As interrogações pairam sobre minha mente ao permitir
Que no final choro ao pensar que vou sorrir
Quando cogito esperar a esperança
Penso nas dores...oh! Terrível lembrança.
Enquanto a dor fustiga meu peito destemperado
Volto a sentir o vento, mesmo que mecânico, incansável.
Sérgio Carlos
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