domingo, 29 de dezembro de 2013

Solidão

É nestes momentos que perfaço meu ser
Introduzo a voz imperativa sobre o viver
Aguardando o vitorioso clamor de esperança
Festejando silencioso como uma eterna criança
Anteparo que se reveste de luz
Olho para trás e vejo para onde fui
Conquanto deixaste de beber, os copos de álcool continuam do lado
E nunca fará uma verdade tão bela, de um gostoso destilado
Ah! Defesa pura de meu corpo, resista contra si
Para que a mão covarde, não dê um fim
Vivenciando a verdade de que a vida precisa de mais
Dinheiro, paixão e ostentação não ganham casais.
Deixe acontecer...sim. Deixe-me viver como queira
Mas não me abandone sozinho no abismo da beira
O perigoso fórceps não pode ser deteriorado
A vida é muito mais que um bem acabado.

(Criado por Sérgio Carlos às 13 horas e 58 minutos da tarde do dia 29 de dezembro de 2013)

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Índigo

Você que se acha petulante por não querer vivenciar o que há de bom
Instabilizas o que antes fora belo, ao bel prazer de tuas vontades
Não sabes o quão bom é sorrir ao verde singelo das clareiras rasteiras
Respirar o que mal dizes com tuas palavras fugazes
Você, que precisas entender isso e aquilo, para tanto e porquanto fizer
O que achas que deves ser bom, não necessariamente cauteloso
Mas primorosamente à frente de ambos os tratos puros que são vigentes.
Pare de uma vez por todas suas perfídias e falsidades.
Elas não afetam ninguém, além do mundo criado em sua cerne.
A maior influência da felicidade inexistente vem de dentro
São tijolinhos de saber que se remontam como uma imensa forma castelar
Aglutinados pelo acimentado social que permeia tua volta
Fique bem...você que só pensa em si.
Besta, atrelado à caricaturas carnais que de nada servem à ti.
Liberte-se, pois isso o prende naturalmente ao nada cíclico que existe.
Tolo! Cá estou eu a te falar o que sabes e você a passar adiante
Pois o que sabes da vida é muito mais que um livro de pássaros 
Ou o canto falsetiado de um tenor vigoroso
Ha! E ainda temes o que não sabes
Angaries mais do que precisas
A sabedoria nunca é egoísta, você...ah sim, você é
Você, moço, incauto, índigo, colosso e visceral
Observa-te hoje e sempre pois nem sempre a voz da razão chegará...

(Criado por Sérgio Carlos às 4 horas e 25 minutos da manhã do dia 27 de dezembro de 2013)

Quando eles dormem...

E quando todos dormem eu me livro, me acho, acabo um capacho
E enquanto eles dormem eu crio, rio de mim, sem fim, no ato
Na noite tudo se perfaz, sinuosamente pela pérfida escuridão da solidão
Ao mesmo tempo que me acho, me perco.
Uma linha tênue separa os lados da moeda que nunca se separam
A mão que acoberta e levanta é a mesma que arremessa e maltrata.
Enquanto todos dormem eu cresço em mim, somente para mim e mais ninguém.
E quando esses tais dormem, vivo a chorar, carente em uma noite onerosa por demais.
Avilta-se as vicissitudes da alma para que liberta, voe por todos os padrões.
Vigora sim, enquanto charco, pois ali crescem em mim a vida.
Que antes não pude saber, por não querer morrer de novo.
Assim, hoje, enquanto eles dormem eu posso errar
Mas também creio na virtude fidedigna de todos nós
Forçosamente ainda me vejo preso no passado das eras monstruosas
E quando eles dormem me vejo aqui sozinho, triste, livre e feliz
Para quem sabe um dia saberem quem fui, ou quem sabe
Saberem quem deixei de ser em uma guerra interna de meu ser

(Criado por Sérgio Carlos às 4 horas da manhã do dia 27 de dezembro de 2013)