domingo, 30 de dezembro de 2012

Para quê?




Tanto rubor, pra quê?
Se ao ser roubado tua virtude
Ainda permaneças vivo
Ah! Caridosa mão que acalenta
Por que não trazes teu vil quinhão?
Sempre que alfinetas o mais límpido dos seres
Demonstra a mais cruel das ironias
Pois, enquanto vagas pelas vastas pradarias terrestres
Te cercam no mais alto critério
Te vestem com a mais branda túnica
Mas, nunca te dão o que realmente és

(Sérgio Carlos)

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