segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Madrugada

Sem fim perdura tempo a tempo
Que se faça longeva mas simples e primária
Ontem te chorei por décadas
Nublei minhas formas vis com força do saber
Para que tivesses parte da minha história
Mas enfim, tudo passou e tudo passa
Assim como suas frias e tênues ventarolas
Seu silencioso e soturno gemido
No ocaso do dia dá lugar ao novo que sempre retorna
Trazendo boas novas de longos prazeres
Aos homens que te ouvem sussurrar
Mas ao que sabe
Tu estás sempres lá
Mesmo que do outro lado
Ainda te vejo vicejar
Sobre as formas que antes sorriam ou choravam
Tu retornas sem aviso
Para que possamos sentí-la no mais puro e doce que és
Variante sem fim de nosso sentir
Caridosa é sua manta escura e brilhante
Ressalvado teu cristalino
Traga sempre um passar de paz
Para que o brilho da estrela da manhã
Nunca esqueça de nós

(Sérgio Carlos)

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