sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Verdade

Quisera eu cultivar os vales grandiosos de felicidade intensa
Podendo assim me inebriar em seus anseios frutíferos
Cada qual com seu mister
Mesmo que a duras penas, não sabe-se o que pensa
Temos que alimentar nossos filhos famígeros
Mesmo que se tenha pouco ainda prolifera a vida
Silenciosa e calma és vitoriosa natureza
Sobre a paz acautela os homens
Sobre a guerra os faz vencer, eles sobre eles
Quisera eu possuir tal intento voluptuoso
Agraciado com as sendas do destino vil
Violentado por suas veredas inconstantes
Estaria feliz, vivo como a pedra
Que perdura por todo o sempre incólume
Mesmo assim, ainda estaria gradativo e pouco se perdendo
Pois as próprias eternidades se vão e se vem
Mas quanto seria bom, quanto estaria bom

Ainda que sofro, permeio por meses adentro
Encontrando a chave dos sonhos
Vivendo a usura dos seres viventes
Pois estarei sendo e crendo mais que pude
Onde melindrosa estaria a criança
E virtuoso seria o cálice
Verdade

(Sérgio Carlos)

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