sábado, 22 de outubro de 2011

Dor

Arde como o fogo, a cinza e o fel
Não começa e nunca se sabe onde se desfaz
Existe parte na terra e uma em cada céu
Como um vento frígido, um fio cortante, lhe tira a paz
A música nos ouvidos, o cheiro que entranha na face e nos olhos de quem viveu
O quão grandioso tem as parcas aspirações de relevância da tal esperança
Estou só, escuro e frio, soturno e solitário, em meio ao breu
Homem fraco, sentimento forte, onde está tua pujança?
Nas ondas do teu mar sou levado a cabo e a fundo, do teu sonho febril
Do nosso, querido e amado consolar, ao quê?
Quando no final, tudo o que restará será alguém que partiu
Ao nada, sem ter, sem querer ou saber...
(Sérgio Carlos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu recado após o sinal...