quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Grito de liberdade

O que fizeram com a luz, o sol, a cor?
Coloriram tudo de linhas fixas, desenho roto, sem ar
Mas cadê a fumaça da comida destemperada?
O óleo virgem e puro com sabor
Não há mais nada o que esperar
Gente fria, vazia, sem nada
Onde estão os sorrisos, verdadeiros sublimes, libertos?
Cansando as pradarias urbanas de fuligem e motor
Nem isso querem mais que exista nas ruas
Preferem a prisão da palavra, a fundição da razão anti-humana
O casarão dos pobres sábios infelizes e matutos
Levantai-vos do teu refúgio incólume e vislumbre o esplendor
Com tanto rubor e força nas narinas
Algo há de tocar-lhe a alma
Não é Deus, não agora
Mas sua cerne antes presa, liberta-se e vem ver mundo
Preso e enredado no passado das colunas, jaz morre-se pela glória
Da vida sobre a vida, da natureza sobre o regimento
De Deus sobre nós.

Sérgio Carlos

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