sábado, 17 de dezembro de 2011

Ainda bem...


Ainda bem que acordei hoje
Em meio ao sol, calor inclemente
Culpado encontro-me
Nas dúvidas de quem ser
Trago-me nos dias
Com punhos exigentes
Sem de todo esquecer-me
De que um dia tive que desobedecer
Oh luz do dia, de todos eles
Sempre estais conosco
Sem dívida, sem seu brilho estar fosco
Nos doa o que tiver de ser
Adultos estamos e fomos sempre
Na grande face que se avulta

Ainda bem que acordei hoje
Para vestir roupas novas
Viver melhor que ontem
Sentir o que nunca me permiti
Sei que a vida é muito mais
Muito mais do que me disseram
Então vivo para que eu viva minha possibilidade de viver
Onde me perdi não importa mais
Onde estive não mais me apetece
O que passou serve-me de vida
Experiência só
Óh sol inclemente
Esteve aí de cima sempre a me vigiar com teus brilhos irrefreáveis
E eu daqui a me vigiar com passos largos ou não

Ainda bem que acordei hoje
Vitorioso sobre meu ser
Grato pelas virtudes
Carinhoso com a natureza
E caridoso comigo mesmo
Onde quer que esteja respirarei o ar da vida
Guardarei com primor cada pessoa, cada vivência
Pois o que temos da vida senão a passagem
Senão o sorriso e o perfume das flores primaveris
Viverei sendo feliz a cada minuto da vida
A cada vida dos minutos que passam
Óh sol inclemente
Sempre estará para me doar os fluxos de felicidade eterna na aurora
E eu retorno sempre, para viver, sentir e ser com meus irmãos.

Sérgio Carlos
"Comigo eu só quero quem me faz bem. O resto, mesmo que doa eu tô dispensando."
(Tânia Ferreira - Minha mamãe)
Sérgio Carlos 

Das coisas


Porque da vida só tenho a causa
Da causa, as conseqüências
Das conseqüências, o labor
Do labor, o desprendimento
Do desprendimento, a virtude
Da virtude, o caráter
Do caráter, a pessoa
Da pessoa, a vontade
Da vontade, o sonho
Do sonho, a realização
Da realização, a felicidade
Da felicidade, a tristeza
Da tristeza, o vigor
Do vigor, a maturidade
Da maturidade, a crítica
Da crítica, a lapidação
Da lapidação, a melhoria
Da melhoria, o ser
Do ser, muitas verdades
Das verdades, motivos
Dos motivos, você.

(Sérgio Carlos)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011


Música pra mim é água
que se bebe o dia inteiro
Do sino ao sineiro
Que deságua em minha alma

Canto e bebo melodias
De noite e de dia
Enquanto escrevo e vivo

Danço e provo harmonias
Desarmando apatias
Enquanto leio e afino livros...

(Lívia Pereira)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Seria bom se os seres "humanos" tivessem a sensibilidade de um cão e um cérebro de gente...


(Lívia Pereira)

PALAVRAS II



Que o que sai de minha boca tenha o poder
de despertar DEUS,
pois sou apenas mais um
que cresce à medida em que Me engrandeço em SUAS palavras 
transformadas em amor cotidiano.

(Lívia Pereira)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Guarde na gaveta...

Eu te quis
Por tempo demais
Quis que o fim
ficasse pra trás
Mas, quando ousei pedir
que afastasse de nós
o que me afastava de ti
Você disse NÃO
E pra você não era mais tão valioso
ter meu coração

Disposição alguma pra continuar
Você foi meu lar
Meu começo
meio
fim

pra mim
pra imensidão do tempo
mas, sem você...

Ousei querer
mais e mais vezes
em mil entrelinhas
onde você me dizia
"Você é minha!"
E eu aceitava cada tom da tua fala
Cansei

Cansei do desespero que é o não saber
O não ter a exata  noção
dos limites
das tênues marcas
Entre os gestos e as palavras

Sei que em meio a água fria
das idas e vindas
você não acreditou
em todas as vezes
que meu coração
sequer pestanejou
ao desejar teu carinho
te querer mais que sozinho
pra que apenas eu te completasse

Sei que duvidou
e eu não tive o melhor jeito
de provar
o quanto eu te amei

Mais foi verdade
E hoje restam as saudades
de um passado bom
de um tom, um dom, um eu & você

Não vai encontrar alguém
que te ame mais que eu
Pois que ainda sei o quanto foi...
E o quanto corri pra que tudo mudasse
Mas, só eu vi
Assim como só você viu
o quanto você correu contra o tempo...


Sabes bem o que representa o invisível
Lágrima é cor sofrível
E não queremos mais que o tempo
faça rios com nosso pranto

Quisemos tudo e o nada foi o tanto que sobrou
Até, meu amor
Até...

(E se você duvidar
apenas Deus pra te mostrar
Tanta coisa que eu te disse
no silêncio a explicar...)

(Lívia Pereira)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Certeza!

Então vou partir, seguir, medir
Enquanto as andanças perduram por todo sentir
Crescerei sim, dentro de mim
Para que agrura da dor, calor
Se mantenha aqui, dentro de ti
Não haverá tempo breve e distante
Azar tão constante
Que nos tire tal ardor precioso
Sonhado por vidas adiante
Erros vividos, lágrimas a fio
Marcados por sangue e sofrimento
Nada há de alterar
O cheiro pungente de seu cigarro
O bater de suas mãos
Pois estaremos unidos
Onde jamais poderíamos nos separar
Por todas as vidas...

(Sérgio Carlos)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Palavras

Que minhas palavras sejam
mero fruto dos anseios
que me levam pra longe
de entremeios vazios


Que te protejam do frio
sejam teu cobertor
e se meu amor for mais que nada
Palavras te darei...

Que minhas palavras sejam
o alimento do desejo
que sejam teu beijo
quando eu não mais puder te beijar

Um olá
até breve
seja leve e não as condene
são apenas palavras...
mais que nadas que tentam te dizer de tudo

Provas de meu coração
transbordam a solidão
de palavras que te buscam...

Que minhas palavras sejam
abertas como janelas
poetas como panelas
sorriam,enfim.

Que minhas palavras sejam
pra você
e pra mim
Fim.

(Lívia Pereira)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Amarras...

E por tanto tempo me prendi
ao que me fez sorrir
ao que te fez partir
ao que me fez sentir
o quão presa a ti era meu pensar
meu respirar
o inquietar das asas
que teimavam bater
mas, não se desprendiam de você...

(Lívia Pereira)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Madrugada

Sem fim perdura tempo a tempo
Que se faça longeva mas simples e primária
Ontem te chorei por décadas
Nublei minhas formas vis com força do saber
Para que tivesses parte da minha história
Mas enfim, tudo passou e tudo passa
Assim como suas frias e tênues ventarolas
Seu silencioso e soturno gemido
No ocaso do dia dá lugar ao novo que sempre retorna
Trazendo boas novas de longos prazeres
Aos homens que te ouvem sussurrar
Mas ao que sabe
Tu estás sempres lá
Mesmo que do outro lado
Ainda te vejo vicejar
Sobre as formas que antes sorriam ou choravam
Tu retornas sem aviso
Para que possamos sentí-la no mais puro e doce que és
Variante sem fim de nosso sentir
Caridosa é sua manta escura e brilhante
Ressalvado teu cristalino
Traga sempre um passar de paz
Para que o brilho da estrela da manhã
Nunca esqueça de nós

(Sérgio Carlos)

Ao momento triste...

Farão com você o mesmo que fizeram a tantos
E em ti doerá mais que em todos
Pois só tu sentes o que sentes

Cortarão teus sonhos em pedaços
Tuas costas doloridas em pleno cansaço
Teus olhos e lágrimas tentarão disfarçar
a dor que se agiganta

Farão com você o mesmo que a mim:
Injustiças vãs
ou não tão vãs...

Pistas de um futuro bom
De uma vida diferente
de um dom maior que a gente
possa acreditar

Farão com você assim:
Doer, doer, sofrer enfim...
Mas, tenho a ti
Tu tens a mim!

Olhe-me bem aqui dentro
Onde ninguém mais possa ver
SOu Eu quem tenta te dizer
que não deves desistir.

HAbito em ti e sei onde há falhas
desenganos
e em meio ao pranto: meu e teu
sorrio pra que sigas

Sigas, pois, meus passos
os que planejamos juntos
mesmo sabendo que haveria batalhas
lutas interrompidas
amor
e teu dom em meio ao mar de amor onde não poderás naufragar...

Vá, então...
pisando em meio à desilusão
de ter tudo e não ter nada
é só o pó da estrada
é um minuto em tanto tempo
em meio ao eterno é só o momento.

Erga-te!
E se me fizer crer que está de pé,
levante-se novamente
e veja do alto o quanto caminhou!
Pois é justamente o tamanho do teu caminho que faz tão grande os pés de barro que tentam te derrubar...

O futuro é teu
Eu sou apenas Eu
com minhas mãos marcadas
meu coração em sangue
e meus olhos imensos
que pedem em tua irmandade
que encontre meu abrigo.
Estou contigo!
Sabes que sim!
Repito: Tenho a ti, tu tens a mim!

Farão a você
O que tão bem conheço:
Retirar do teu apreço pelo mundo
a tua maior angútia!
Não creia que isso dure
O mal não perdura
Teu sorriso sim!

Pois bem, não te esqueças:
a cruz é para todos
E assim, como fui martirizado
tu também o serás
em cravos, glórias e sofrer...
não te esqueças, porém, que em meio ao amanhecer
te carrego em meus braços
e não esqueço o bem que fizeste

cantou, cantou e promoveu o instante
ao mais belo grito de amor!
Sou eu o TEu Senhor!
Apenas espere
Eis o que eu também farei:
aguardo teu retorno
ao mundo que é tão seu!

Esteja em mim e em nosso Pai
Hoje
Sempre...

(Lívia Pereira)

domingo, 27 de novembro de 2011

Se eu te amei demais é que...

Se eu te quis demais
foi por não haver querer melhor
Se eu te olhei demais
foi por ter viciado minha visão na beleza
Se eu gritei demais
foi por ter na intensidade de meus sons a intensidade do que eu sentia
Se eu chorei demais
foi por ter em cada lágrima uma letra do teu nome
Se eu exigi demais
foi por achar que merecíamos a perfeição
Se esperei demais de você
foi por crer que só em você eu poderia encontrar
o melhor do que eu buscava...

(Lívia Pereira)

sábado, 26 de novembro de 2011

Te amo

Quando a cor da vida perpassa, você ainda está lá
Nutrido por minhas coerências sentimentais
Vestido por minha indulgência, te ergo sobre mim
Ainda que sorrir seja real, que viver seja calar
Sobrepujarei a opulência dos ás
Querendo-te sempre sem fim
Virtuosa é a língua dos homens,quando a virtude não lhes confunde
Quando a faca não lhes opõe ou quando a fogo não lhes consome
Mas estaria por todo esse, e por muitos fins, afim de ti
És para mim a coluna da construção que com a terra funde
A liberdade inverossímil que me ajuda a crer no coração do homem
Te amo

(Sérgio Carlos)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Verdade

Quisera eu cultivar os vales grandiosos de felicidade intensa
Podendo assim me inebriar em seus anseios frutíferos
Cada qual com seu mister
Mesmo que a duras penas, não sabe-se o que pensa
Temos que alimentar nossos filhos famígeros
Mesmo que se tenha pouco ainda prolifera a vida
Silenciosa e calma és vitoriosa natureza
Sobre a paz acautela os homens
Sobre a guerra os faz vencer, eles sobre eles
Quisera eu possuir tal intento voluptuoso
Agraciado com as sendas do destino vil
Violentado por suas veredas inconstantes
Estaria feliz, vivo como a pedra
Que perdura por todo o sempre incólume
Mesmo assim, ainda estaria gradativo e pouco se perdendo
Pois as próprias eternidades se vão e se vem
Mas quanto seria bom, quanto estaria bom

Ainda que sofro, permeio por meses adentro
Encontrando a chave dos sonhos
Vivendo a usura dos seres viventes
Pois estarei sendo e crendo mais que pude
Onde melindrosa estaria a criança
E virtuoso seria o cálice
Verdade

(Sérgio Carlos)

sábado, 19 de novembro de 2011

Reação

Eu reagi
E quando o produto meu em ti apareceu
Você o dissociou
Abargou nossos reagentes
Elevou nossas moléculas
E no fim, nada de equilíbrio
Oh! Falsa equação
Dicotômicos resultados
Variantes superlativas
Elementos adicionados
Somei as massas
Considerei os volumes
Mas parte de mim ficou
E quando dei por mim
A reação se inverteu
Em nada vezes nada
Retornando às substâncias iniciais
Nada restou
O produto meu e teu
Nunca fora nosso
Estequiometria cruel.

(Sérgio Carlos)

domingo, 13 de novembro de 2011

Domingo...

Domingo
nuvens
a previsão do tempo anunciou
que ia chover
que eu ia fazer gol
Não chove...
Não jogo
nem bola
nem bolo,

nem respiro mais em meio ao sol
que insiste em lembrar dores
às oito da noite...

(Lívia Pereira)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Abandono de incapaz...

Como abandonar saudades?
Despista-se com doces em trilhas?
com um radinho de pilha?
Com um aceno distante?

Não há como destruir verdades...
isolar teu amor numa ilha
Viajar pra Brasília
E achar que será com antes...

Depois de cirurgias
Que a paixão opera
Nada tem o mesmo tom

O opaco é brilho
o que é pai vira filho
defeito e erro é dom...

(Lívia Pereira)

Máxima da Vida

Onde sou e o que estou ?
Quem terá e o que será ?
Vida vivencia tua carne
Sem nem mesmo conhecer o teu sabor
Oh! tanta crueldade
Nem ser, nem estar, nem será
Somente dissabor
Quando um dia esperas ter ?
Nunca terás
Sim, amarás
Mas de teu caminho, restará você
Como antes fostes, sempre és
Faça-te de ti, hoje
O que nunca pensaste de ser
Esvazia-te de ti
Coloca-se para o mundo
Existir é mais para quem se é
E se torna, quando pretende
Força tua, segura teu peito
E te envie ao passo largo da frente
Não ouses parar, não penses no cessar
Quedas vem e vão, mas, passos continuam
Estás aqui, sejas aqui e faça valer
Anima-te, vigia-te, para crescer.
Essa é a máxima
Essa é a lei tua, mansa e fiel a ti.

(Sérgio Carlos)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Recado

Não importa o quanto você tem errado 
pisado em cacos de vidro...
importa o quanto aprendeu
o quanto descobriu em vc
o quanto conseguiu consertar em si mesmo
o quanto se aplaudiu de pé!
(Lívia Pereira)

Dó, ré, mim, está só, és si menor...

De nada adianta
tanta carranca
olhar esguio
coração frio
Um "si" menor

de nada adianta
teu desengano
nariz empinado
pois sois herdeiros
de um ser maior

De nada adianta
viver e esperar
que com tuas sombras
faça-se a luz

Torne-se homem
E torne-se parte
da obra de quem
honrou sua cruz...

(Lívia Pereira)

sábado, 5 de novembro de 2011

Luz

Luz branca que ilumina mundo
Fatídica nuvem do ser
Abrilhanta meu amor
Que com sede vocifera luzes
Luz branca que se vira pra noite
Inúmeras és, entre todas que te fazem
Vivencia minha alma, ilumina meu ser
Luminaste meus lumês que tanto se iluminam de luz
Luz branca que resplandece
Sejas luminária que atraí
Não há brilho forte tal qual o seu
Clareia

(Sérgio Carlos)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Por nada...

Um copo
um filme
e quatro mãos
como o dedilhar dos dias...
Tua mão 
e a do tempo 
a acariciar teus cabelos
te dar bom dia
em meio a neblina
e o vento...
(Lívia Pereira)

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Lanceiro

Lanceiro, acaba com a vida
Mostra-me teu solidel
Tal força suprema não me apraz
Condescende tão pouco à coisas vis
Que não há menor furor que lhe transborde
Lanceiro, toma-me a vida
Como vitórias inconsequentes
Astuto vivente, ser desumano
Que tudo seja teu, toma-me a vida
Sem ter o que fazer pra quê
Lanceiro, tira-me as vestes
Puras e cíclicas
Às quais arremedo me faz ser
Acaba comigo, transfoma-me
Lanceiro, arranca-te de mim
Vida após vida
Como num gargalhar constante de sentimento
Nu, seco, mas vitorioso
Arrancai de mim
Sem medo, sem dor
Lanceiro, perfura-te a mim 
Ainda que cegue meus vislumbres
Que minha sina seja de terdes
Não o quero mais em mim como o queria, antes fosse
Lanceiro, poderoso e imprudente
Sejas vítima de teu próprio ser
Acaba com tudo e sejas eu, sejas tu
Não sejas senhor enrubescido
Mesmo que tua empunhadura não proves a língua de outros
Sejas meu, acaba comigo
Destrua minh'alma.

(Sérgio Carlos)

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Decepção

Quisera eu um dia viver, crescer, podar
Quisera eu ter mais que tive, não ser, deixe estar
Vida...vida longa, pura, onde estava minha visão
Por onde cansei meus pêlos, vivi, chorei
Cansado em meio a solidão, não tem-se o que esperar
A alma regurgita dor, antes prazer
Consciência que não cessa
Coração que não bate
Não há mais vitória, luta, guerra talvez
O mais grave esforço sucinto, sempre esteve em nós
A liberdade puríssima da paixão nasceu entre os homens
Mas, aconchego nenhum, foi sofrido, pois por eras observei-te
Aguardava-te sempre aqui e ontem, mas nunca vieste ao meu encontro
Estive no mais plano da existência a saber, que tu, nunca fostes
Mas sempre estará aqui, dentro de mim.

(Sérgio Carlos)

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Oriente Médio

Buummmm!
O grande estrondo começou
Trazendo forma, sangue, dor
Onde estão os homens de bem dos céus azuis
A violação do sono...Deus! A paz terminou...
Cadê minha mãe, chorando escuridão, solidão, fogo,pai!
Onde estão as meias limpas pra proteger do inverno
Que fim, que tarde, quanta luz, fumaça, gritaria...
Não trariam a proteção, azul e vermelha
Mas as cores sumiram
Os céus são negros e o sangue jorra pela areia movediça de nossas terras
Onde estará nosso senhor? Por que?
Não há dúvida aqui senhora, não mais...
Nascer para morrer, essa é a lei da vida e a lei do mundo
Onde seremos amor? Além das mãos sobre o bacamarte, que traz o queimar
Tanta lágrima, mas não mais existe o que derramar
Tanta inveja, do que? Escuro...
Um dia perderam, um dia perdemos, todos nós
Sem pai, sem mãe, sem nada.

(Sérgio Carlos)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Grito de liberdade

O que fizeram com a luz, o sol, a cor?
Coloriram tudo de linhas fixas, desenho roto, sem ar
Mas cadê a fumaça da comida destemperada?
O óleo virgem e puro com sabor
Não há mais nada o que esperar
Gente fria, vazia, sem nada
Onde estão os sorrisos, verdadeiros sublimes, libertos?
Cansando as pradarias urbanas de fuligem e motor
Nem isso querem mais que exista nas ruas
Preferem a prisão da palavra, a fundição da razão anti-humana
O casarão dos pobres sábios infelizes e matutos
Levantai-vos do teu refúgio incólume e vislumbre o esplendor
Com tanto rubor e força nas narinas
Algo há de tocar-lhe a alma
Não é Deus, não agora
Mas sua cerne antes presa, liberta-se e vem ver mundo
Preso e enredado no passado das colunas, jaz morre-se pela glória
Da vida sobre a vida, da natureza sobre o regimento
De Deus sobre nós.

Sérgio Carlos

terça-feira, 25 de outubro de 2011

ESQUECERAM A POESIA DO MUNDO
DOS OLHOS
DO SER
QUE INSISTE EM RENASCER

O mundo é poema
ETERNO dilema
Entre o ser e o não ser

AConteça tua rima
REgue-a pequenina
E a faça crescer!!!!
 
(Lívia Pereira)

Poemar...

Poema pra você
se poemar
se poerrir
se poer à disposição
EM Latim
EM setim
Em sobra de fita
e laço de nó!

é só!
Boa noite
Bom reverso
REgressando
Ao mundo real...

:D
 Lívia Pereira

Impessoal

E por que haverá de haver um título
pro epílogo
Pro incerto?
Na certa uma certeza
De que não sei onde estarei
Na próxima valsa...
E a trança que fez em meus cabelos
Ainda a tenho
No emaranhado que guardei no peito
Só me olhe direito
E quando sair
Deixe um toque
De gaveta
Pele
E resto                                                                                 
EU PROTESTO
Ainda te amo!             

(Lívia Pereira)                                                    

só(s)

Emagreci mentalmente
Depois de muito pensar
depois de alguns passos
Além e fora do chão

Perdi o peso de ser
Esqueci de amar...
Depois de alguns beijos
Em solidão...

Lívia Pereira

Você

Seus olhos tão brilhantes, sorriso gracioso
Onde estás na vida com jeito tal formoso
Quero deitar-lhe a palma de minhas maõs, consoante ao meu sentir
Viver o cheiro de tuas roupas suadas, a procura de mim, a procura de ser
Vida que passa e refaz, nos torna sempre o que somos hoje, ontem e o que seremos amanhã
Obtenha de mim a cor de outras eras, o cintilar da estrela branca do homem inteligente
Me encontro intacto, imóvel, onde tudo ainda passa...
Ah dor, que dói tanto por dentro e por fora, fustiga minha mente
Arrebata minha alma além mar, além morte
Oxalá que tudo dê certo
O colocarei nos altos céus, onde estarei sempre contigo
Sol, luz, dê-me forças, dei-me asas senhor da dia e da estrela matutina
Ainda que azucrina, pele, carne e sangue
Hei de amar, hei de sofrer como os olhos lacrimejam
Vespertina seja minha felicidade, no cursor vivo da roda
Derramado o óleo de seus galhos, quebrantada a agulha de tua esteira
Estarei aqui, vida após vida, morte após morte a te esperar
Mais do que os homens possam imaginar, mais até do que a vida pode gerir
Viverei a mim e a você, sem jamais perder-te de mim que pertence-me
Como pertenço a ti em todas as vidas em que não fomos um do outro
A distância de passados errantes nos separa em muitas searas
Mas nos achamos agora, antes e depois para enfim sermos felizes.

(Sérgio Carlos)

domingo, 23 de outubro de 2011

tarde demais?

Se eu te perdi foi pra te achar mais velho
E teu olhar de agora é tudo que eu busco há tempos
Se eu me perdi nessa busca, meu amor,
Foi pra ver os raios do sol após a noite
E reconhecer em você a única luz a me guiar
eu não vou chorar, não dessa vez
Pois farei o que tiver de fazer
Deus está ao meu lado
Deus está com vc
E ao traçar nossos caminhos
nos fez sozinhos
Pra que buscássemos um no outro sorrisos
Fizemos brinquedos de amor
Lama do que sobrou
E como bebês que choram a ausência do Pai
Choramos a ausência do que nos é tão sagrado
O que há de errado?
Sabes que te amo
Sei que tens por mim grande amor
Mas em um mundo de pecados
Tu és meu pecador
E eu sou o teu erro
E em meio a tanto desespero
Inundada em tuas fotos e teus lábios
Tão ausentes
Eu grito simplesmente a morte
Pra que a sorte de uma nova vida
Me traga um vc mais jovem
Que cresça ao meu lado
Me retire do futuro
e resgate o passado em que te conheci
E eis que recordo
que a morte é mera passagem
Guardo então breve hospedagem
de um tempo onde tuas mãos tão minhas
caminharão vazias
a espera do que te preencherá em breve
Que é a vida senão fração de tempo?...
Será breve o espaço sem mim
Será breve o ar sem vc...
Sei que a qlqr momento iremos acordar
e nos permitir viver o que ainda nos resta viver
O perdão e a escolha de uma nova vida
onde a saída é a dedicação integral
a um amor um tanto desleixado, sem cuidado
Num tempo onde o trataremos com o merecido respeito
A estampar em nosso peito
A eternidade a nos guiar.

Lívia Pereira.

sábado, 22 de outubro de 2011

Sentimento

Hoje nada disso, o que fostes acabou
Na tenra idade que me destes de promessa
Nada tenho, nada fomos, mas serei um dia
Na brisa e acalento em que estou
Sozinho, em meio a torturas como essa
Mas, um dia, longe dos tempos idos que dizia
Serei som, cor, luz e mar
Com flores e textura ímpar que nunca me destes
Porém com olhos marejados de amor e um calar
De qualquer dor que dizeste por estes
Um novo dom surgirá, tão velho tal qual foi e é
Ainda assim, não será novo, velho, o tal pesante
Mas sim, o que sempre fora, teu e meu, um pouco após Noé
O fervilhar de inúmeras eras que chega ao clímax de tão grande.
(Sérgio Carlos)

Dor

Arde como o fogo, a cinza e o fel
Não começa e nunca se sabe onde se desfaz
Existe parte na terra e uma em cada céu
Como um vento frígido, um fio cortante, lhe tira a paz
A música nos ouvidos, o cheiro que entranha na face e nos olhos de quem viveu
O quão grandioso tem as parcas aspirações de relevância da tal esperança
Estou só, escuro e frio, soturno e solitário, em meio ao breu
Homem fraco, sentimento forte, onde está tua pujança?
Nas ondas do teu mar sou levado a cabo e a fundo, do teu sonho febril
Do nosso, querido e amado consolar, ao quê?
Quando no final, tudo o que restará será alguém que partiu
Ao nada, sem ter, sem querer ou saber...
(Sérgio Carlos)

Aurora

E eu que só sei falar de amor, e eu que só sei querer ardor
Não há nada que possamos fazer, quando somos impedidos de ter
Aquilo tudo que sempre foi nosso...
Deus...por quês?
Não possuimos culpa de nada, dor, solidão, sem ter pra que.
Ainda que sejamos nós, mão da mesma mão, beijo da mesma boca
Silêncio nos toma a vida, dia após dia,salutar e constante
Prefiro me ater ao incômodo, à injúria e aos mal-dizeres
Haverá uma aurora formosa, uma lindura de cor de tão límpida tal qual é nosso amor
Esperanças existem para serem sonhadas por nós
Acredite...venceremos por nós, numa guerra onde não existem vencedores
Simplesmente pelo fatídico prazer irrefutável do ser...viver.

(Sérgio Carlos)

Dúvidas e procuras

"O vazio toma-me a alma e apetece o meu coração
O que fazer com força, cerne, mas nada na mão
Irei guiar nos profundos sonhos, porque sei que há refúgio
Enquanto me engano, me iludo em tal subterfúgio
Prefiro me ater as coisas insanas, ao profano, ao intocado
Me perdendo em lúgrubes pensamentos, cintilando cada achado
A dor, sei que orienta, pobres, pobres, pobres, viciados em sua senda
Provar-te-ei do mais profundo calor insípido, donde jamais tirarei tua odiosa oferenda
Observando tuas máximas, teus desacertos, conflito-me na intriga
Pois então o que há com valor, cor, ser, mente...diga?
Nestes madrugais consternados, só me restam as lágrimas
Cheias, quentes, salgadas e úmidas
Ainda assim continua-se vida, maturidade e morte, ciclo sem fim
Busco-te, busco-me e um dia encontro-me mais que a ti e a ti mais que a mim...enfim."
(Sérgio Carlos)

domingo, 21 de agosto de 2011

Domingo

Domingo...
O frio vem nos visitar
Faz pensar em tanto sol desperdiçado
Tanto céu, tanto mar
E em tantas muitas vezes onde foi permitido sonhar
Cercear o mundo com um sorriso
Apenas um
Tão impreciso
E solto
Mas, preso ao olhar...
Olhe-me bem a alma
E queira deleitar
Tua alma quase cega
Na versão do teu buscar
Busca autônoma
Automática
Pronta desde o teu nascimento
a falha do tempo
Teu despertar...
Boa noite!
Guardo meus registros
Nada sinistros
Vou deitar...


Lívia Pereira.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Liberdade

Hoje eu redescobri meus solos extintos
Cantos dos cantos das mais belas melodias
O quanto me alivia cantar e assobiar sem medo de ser livre
Pra voar
Pra amar!!!!
Hoje eu descobri
solos perdidos dentro de mim
em meio a deuses descamisados
e sem a mínima vontade de chorar!
Hoje eu digo SIM
Sim à vida!!!!!

Lívia Pereira.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

CLARO que não!

Operadoras telefônicas vêm me impedindo de viver
Impedindo a mim, a você
Roubando meus segundos a fim de construir as belas licenças poéticas
Não tão patéticas quando faladas...
Hoje, no meio do nada, da rua, do claro
Eu vi num carro o logotipo
Da operadora telefônica
E encantadoramente sorrindo eu liguei pra dizer
Dizer o quê?
ESqueci...
Sem sinal!